segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Inspiração da Semana

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Saudades

"Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência..."
Clarisse Lispector

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Inspiração da semana

Feliz pelo final de semana maravilhoso!
Triste pela partida!

Amo que amo!

Inspire-se =) .... Música sensacional!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Você pode...

Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma.
Você pode voltar e nada ser como antes.
Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso.
Você pode sofrer por perder alguém.
Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples:
Da sua mãe te chamando pra acordar,
Do seu pai te levando pela mão,
Dos desenhos animados com seu irmão,
Do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural
Do cheiro que você sentia naquele abraço,
Da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver,
E como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter.
De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma;
Cuidado com o que anda desabafando;
Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais);
Antes só do que muito acompanhado;
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;
O tempo ensina, mas não cura.
Martha Medeiros

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Hoje acordei com uma sensação boa, no meio de um sonho. Estranho, uns podem dizer, porque normalmente acorda-se no meio de um pesadelo. Mas eu não, eu acordo em meio a sonhos bons. Como se meu cérebro quisesse que eu lembrasse do que sonhava ou me punisse para que eu deixe de sonhar coisas boas, assim como para outros evita o pior acordando-os de pesadelos.
O meu não, acorda-me na hora boa, para evitar que até nos sonhos eu seja plenamente feliz.
Deixemos de delongas e vamos ao sonho. Eu adoro sonhar, vocês não?
Estava eu num shopping que conheço e uma senhora discutia comigo qual a estação de metrô mais próxima, confundia-me com nomes de bairros e localizações. Mas fazia sentido, no sonho. Em seguida eu comprava um relógio (que era o plano para o meu dia, quando acordasse) e uma pessoa por quem eu tenho muito carinho vinha e me abraçava. E saíamos rindo, falando do relógio e indo embora do shopping.
E então, já não era ele, era outra pessoa que conheço e admiro, e sua mãe. Ele tem mãe na vida real? Nunca perguntei. Ele precisava ir na casa de um amigo e disse que me acompanharia até o metrô. E fomos, nós três.
E quando me dei conta, já tínhamos passado do metrô, pego outro caminho e estávamos muito distantes. E nessa hora ele me convenceu a ir para casa depois. Mas eu estava sem tomar café e tinha fome, e ele me convenceu mesmo assim. E fomos caminhando com esse destino.
Então já não éramos apenas nós, haviam mais pessoas que conheço. Havia uma grande ladeira para descer e no fim dela, uma rua arborizada onde um grupo de pessoas cantava. E a música, falava de Deus. Sim, Deus nos encontrou no meio do caminho e olhei para o lado e estava um amigo fora do contexto do grupo, que conhecia a música, que é meu amigo de Igreja. Batemos palmas no ritmo da música e cantamos juntos, com aquele olhar e aquela mensagem subtendida de “lembra?”.
Como todo sonho tem comerciais, chegamos a uma estação/feira/shopping. Sentei-me num sofá pois já estava exausta. Uma amiga sentou-se ao lado para dizer que nossa outra amiga em comum havia ficado para trás com alguém. Íamos embora, e no caminho para a plataforma encontrei pessoa da Igreja novamente, agora almoçando. Ofereceram-me frutas.
Então acordei com uma sensação boa. De que gosto de muita gente que não tenho mais tanto contato, mas ainda moram todos no meu coração. Inclusive Deus, de Quem estava esperando respostas.